Em japonês, karatê significa mãos vazias. É uma técnica que usa apenas o corpo como instrumento de autodefesa e requer muita precisão. Na sua fase moderna, o karatê foi difundido em Tókio pelo mestre Gichin Funakoshi (1868-1957) e em universidades do país, de onde se espalhou pelo mundo. Praticado secretamente no passado, deu origem a um grande número de escolas e estilos, os ryus. Shotokan, Goju-Ryu, Shito-Ryu, Wado-Ryu e Shorin-Ryu e suas ramificações são as mais encontradas no Japão e em outros países.

Nos Jogos Abertos o karatê foi introduzido em 1992, nos jogos de Joinville, apenas no naipe masculino. Já o feminino iniciou no ano seguinte. A competição de karatê é dividida em duas modalidades: Shiai-Kumitê (combate) e Katá (forma), em que o atleta exibe um conjunto de movimentos de ataque e defesa. Cada município pode inscrever até 16 atletas no masculino e no máximo doze no feminino, divididos em categorias de pesos e estilos.

Na avaliação do presidente da Federação Catarinense de Karatê, Durci Nascimento, os JASC deram um novo impulso à modalidade, que já chegou a inscrever numa edição mais de 200 atletas, representando cerca de 30 municípios. A participação nos Jogos Abertos também ajudou a modalidade a abrir novas portas do esporte. Em 2006, o karatê ingressou definitivamente nos Joguinhos Abertos e, desde 2008, está igualmente nas Olimpíadas Escolares de Santa Catarina (Olesc).

Sobre as regras, há três tipos de golpes ou pontos. O golpe simples, na altura do rosto ou do troco, vale um ponto. A combinação de dois socos válidos - ou um soco na parte das costas ou ainda um movimento que provoque desequilíbrio no adversário - pode significar dois pontos. Três pontos - chute com soco no rosto ou projeção do adversário no chão com pontuação na sequência, com um soco ou um chute com o adversário deitado. Área válida para pontuação se restringe ao tronco, às costas, à lateral, cabeça, nuca e face. O golpe pode ser um soco ou um chute, mas o contato é mínimo (não pode ferir o adversário), por isso exige técnica apurada e muita agilidade para que um golpe mal aplicado não resulte em punição pelo árbitro.

Extraído do livro “JASC 50 anos, história de vencedores” de Marco Aurélio Gomes e Valmor Fritsche

Histórico:

MASCULINO

Florianópolis = 11 títulos;

Joinville = 6 títulos;

Blumenau = 4 conquistas (1997, 2004, 2005 e 2013) + 8 vices;

Itajaí = 2 (atual bicampeão).

TOTAL = 23 edições.

Campeões e vices por ano

1992 Fpolis     Joinville

1993 Fpolis     Joinville

1994 Fpolis             Joinville

1995 Fpolis               Joinville

1996 Fpolis               Blumenau

1997 Blumenau             Fpolis

1998 Joinville           Blumenau

1999 Joinville     Fpolis

2000 Joinville     Blumenau

2001 Joinville     Fpolis

2002 Joinville     Fpolis

2003 Fpolis    Blumenau

2004 Blumenau     Fpolis

2005 Blumenau    Joinville

2006 Fpolis    Blumenau

2007 Fpolis     Blumenau

2008 edição cancelada

2009 Fpolis     Joinville

2010 Joinville      Fpolis

2011 Fpolis     Blumenau

2012 Fpolis     Blumenau

2013 Blumenau     Joinville

2014 Itajaí       Fpolis

2015 Itajaí       Fpolis

FEMININO

Joinville e Florianópolis = 6 títulos;

Blumenau = 5 conquistas (2004, 2007, 2010, 2011, 2013) + 8 vices;

Itajaí = 4 títulos (atual bicampeão);

São José = 1.

TOTAL = 22 edições.

Campeões e vices por ano

1993 Fpolis      Joinville

1994 Joinville             Fpolis

1995 Fpolis               Joinville

1996 Fpolis               Joinville

1997 Joinville            Fpolis

1998 Joinville             Blumenau

1999 Joinville     Rio do Sul

2000 Fpolis     Blumenau

2001 Fpolis     Joinville

2002 Joinville     Blumenau

2003 Itajaí       Blumenau

2004 Blumenau     Joinville

2005 São José     Itajaí

2006 Fpolis     Blumenau

2007 Blumenau     Itajaí

2008 edição cancelada

2009 Joinville     Itajaí

2010 Blumenau     Itajaí

2011 Blumenau     Itajaí

2012 Itajaí      Blumenau

2013 Blumenau     Itajaí

2014 Itajaí     Blumenau

2015 Itajaí     Blumenau

Extraído de fesporte.sc.gov.br (montagem de Juliano Russi)

Como foi no ano passado:

ITAJAÍ É BICAMPEÃO DO KARATÊ NO MASCULINO E FEMININO

Itajaí é bicampeão da modalidade de karatê dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), nos dois naipes. No masculino, Florianópolis ficou em segundo lugar e Joinville em terceiro. No feminino, o vice-campeão foi Blumenau e o terceiro colocado Tubarão. A premiação foi entregue na tarde deste sábado, 12, no ginásio de esportes da Escola São Francisco, em Luzerna.

A equipe de Itajaí somou 14 medalhas nas categorias individuais, sendo sete de ouro, duas de prata e cinco de bronze. No feminino foram sete conquistas: ouro na até 61kg, mais de 68kg e open; prata na até 68kg; e bronze no kata, até 50kg e até 55kg. No masculino: ouro na até 60kg, até 75kg, até 84kg e mais de 84kg; prata na até 67kg; e bronze na open e kata individual. Por equipes, o município foi campeão do kata e kumite no feminino e campeão do kumite no masculino.

Para o técnico Eurico Schopchaki, a integração é fundamental para os bons resultados. “O nível técnico dos nossos atletas é muito bom, mas uma equipe integrada consegue coisas grandiosas. Estamos muito felizes”, destaca Schopchaki, que também comanda a Seleção Brasileira de Karatê e é campeão Sul Americano, bi-campeão Pan Americano e campeão dos Jogos Mundiais Gymnasiade.

Do grupo de atletas de Itajaí que participou da 55ª edição dos Jasc, nove são da Seleção Brasileira, entre eles as duas filhas de Schopchaki: Thainan, que conquistou cinco pódios internacionais em 2015, e Thawanna. “É resultado de um trabalho de 25 anos do karatê de Itajaí, que também tem uma base muito importante, que envolve 616 crianças e adolescentes em 15 polos. Muitos dos nossos atletas medalhistas nos Jasc foram revelados nessas escolinhas”, ressalta o técnico.

Texto: Mayelle Hall

Fotos: Cleber Bicca, Eraldo Schnaider, joinville.sc.gov.br