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58º JASC, faltam 16 dias! O destaque hoje é o Futebol
JASC
Publicado em 21/08/2018

 

 

Levou 40 anos para que o futebol, esporte mais popular do planeta, que tem no Brasil mais de 30 milhões de praticantes, fosse incluído nos Jogos Abertos de Santa Catarina.

 

Somente em 2001, na edição realizada em Itajaí, a bola rolou nos gramados dos JASC. "Não foi nada fácil convencer os cardeais do esporte catarinense a aceitarem o futebol nos JASC", relembra o radialista e comentarista esportivo JB Telles, um dos maiores defensores da ideia, desde os anos noventa. "O futebol não entrou antes porque o pessoal achava que a modalidade já recebia muita atenção da mídia e, fazendo parte dos Jogos Abertos, ia tirar a atenção do público e a cobertura da imprensa de esportes menos prestigiados, o que se verificaria mais tarde não aconteceria".

 

Outro antigo defensor do futebol nos JASC foi Gomercindo Luiz Putti, ex-jogador, dirigente esportivo e fundador da Associação Chapecoense de Futebol, em 1972. Nos Jogos Abertos de Brusque, em 1985, ele chegou a receber um sinal positivo dos organizadores da competição, o que acabou não se concretizando.

 

Até a Federação Catarinense de Futebol entrou em campo para defender a "paixão nacional". Num documento da entidade enviado em 1999 aos membros do Conselho Estadual de Desportos, uma lista de vinte razões foi apresentada para justificar a inclusão da modalidade nos JASC.

 

Entre os argumentos, o fato de o futebol ser uma modalidade olímpica (foi o segundo esporte coletivo a entrar nos Jogos Olímpicos, após o polo aquático, em 1908), ter muitos adeptos no estado, grande apelo popular, e por isso, viabilidade comercial e espaço na mídia, além de contribuir para a inclusão social de atletas carentes e estimular o surgimento de novos clubes. "E porque o desporto catarinense não pode mais andar na contramão da história", finalizava, a federação.

 

Segundo ex-dirigentes da Fesporte, um dos fatores que mais influenciaram na decisão de incluir o futebol nos JASC foi o grande sucesso de campeonato escolar "Moleque Bom de Bola", criado em 1992. O torneio teve origem na Copa RBS/Pepsi de futebol escolar, criada em 1982 pelo professor Marco Antônio Piana.

 

Extraído do livro “JASC 50 anos, história de vencedores” de Marco Aurélio Gomes e Valmor Fritsche

 

 

Na edição de 2017, uma novidade: o futebol foi disputado apenas no naipe feminino

 

Os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) de 2017 marcaram a estreia do futebol feminino em sua programação. A inclusão do gênero na modalidade dos Jasc era um antigo anseio da comunidade esportiva que a Fesporte já havia levado ao então presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Pádua Peixoto Filho, que se mostrara favorável.

 

Com isso, a Fesporte complementou a oferta por faixa etária para a prática do futebol, e as atletas e equipes de futebol feminino podem dar maior sequência às atividades, que se iniciam no Moleque Bom de Bola, passando pelos Joguinhos Abertos, até chegar aos Jasc, cuja idade inicial é de 16 anos e não se restringe a um limite superior de idade.

 

 

Histórico:

O futebol masculino só passou a fazer parte dos Jasc em 2001. Em 14 edições realizadas:

Blumenau ganhou quatro títulos (2003, 2009, 2010, 2013) e ainda foi vicecampeão em 2015; 

Criciúma foi campeão três vezes; 

Joinville e Chapecó tem dois títulos (Chapecó é o atual bicampeão);

Também foram campeões, uma vez: Itajaí, Lages e Palmitos.

TOTAL = 14 edições.

 

Campeões e vices por ano

2001 Itajaí - Caçador

2002 Lages - Itajaí

2003 Blumenau - Rio do Sul

2004 Joinville - Criciúma

2005 Criciúma - Joinville

2006 Criciúma - Chapecó

2007 Palmitos - Criciúma

2008 edição cancelada

2009 Blumenau - Chapecó

2010 Blumenau - Morro da Fumaça

2011 Criciúma - Canoinhas

2012 Joinville - Joaçaba

2013 Blumenau - Fpolis

2014 Chapecó - Itajaí

2015 Chapecó - Blumenau

2016 edição cancelada

 

 

FUTEBOL FEMININO

2017 São José - Chapecó

 

Extraído de fesporte.sc.gov.br (montagem de Juliano Russi)

 

Textos: Geraldo De Cesaro e Heron Queiroz.

Fotos: Pablo Gomes e Antonio Prado.

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