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JASC: de festa do esporte à maior competição poliesportiva do estado
JASC
Publicado em 01/10/2016

 

 

Em cinco décadas de Jogos Abertos de Santa Catarina, o que começou como uma confraternização de pessoas se transformaria num megaevento, uma grande e complexa engrenagem que para funcionar satisfatoriamente requer o empenho e a competência de milhares de servidores, prestadores de serviços e voluntários, além, obviamente, da participação das estrelas da competição, os atletas.

 

Desde 1960, quando o visionário Arthur Schlosser e seus companheiros colocaram Brusque e a bandeira dos JASC no centro das atenções, muita coisa mudou. Tanto no que se refere a maneira como esta competição poliesportiva é percebida pelo público, quanto à forma de organização e execução dos Jogos, hoje tomando proporções gigantescas.

 

Sobre a evolução do evento, os números falam por si. Primeiros JASC: 444 atletas (366 homens e 78 mulheres), 14 delegações, 13 modalidades disputadas. JASC em Chapecó, em 2009: mais de 5 mil atletas (com participação feminina se equiparando a dos homens), 97 delegações, 26 modalidades. Última edição, em Joaçaba, 2015: 78 municípios (na fase estadual), 4.600 atletas, 26 modalidades, 47 troféus.

 

 

 

Em matéria de infraestrutura esportiva, pode-se afirmar que houve uma evolução ainda maior. Nos primórdios dos Jogos Abertos de Santa Catarina, as quadras esportivas eram descobertas e de piso rústico. As raras pistas de atletismo eram muito precárias. Não tínhamos piscinas adequadas para as competições em número suficiente e as poucas existentes no estado não eram térmicas. Nos últimos 50 anos, pipocaram ginásios de esportes em cidades grandes e pequenas, brotaram até algumas boas arenas, no formato de espaço multiuso.

 

 

 

Em movimento constante, as engrenagens dos Jogos Abertos de Santa Catarina levaram o esporte aos quatro cantos do nosso território e empurraram as prefeituras e o governo do estado na direção de projetos e obras voltados à prática esportiva. Mesmo que, em alguns casos, tenha havido equívocos, os ganhos da sociedade advindos da difusão dos ideais do esporte compensam em muito os eventuais desvios.

 

São múltiplas as conexões do esporte com outros campos da atividade humana, afirma o doutor em Educação Física, Manoel José Gomes Tubino. Segundo ele, é fácil constatar o papel do esporte como vetor de inserção social e a sua ligação com a educação e outras áreas como a cultura e a ciência, esta última mais preocupada com as questões do esporte-rendimento.

 

Também como fator de promoção de saúde o esporte tem alcançado excelentes resultados e contribuído para a redução no índice de incidência de doenças crônicas, a redução da obesidade infantil e adulta e o aumento da expectativa de vida do brasileiro.

 

Sob o ângulo da economia, o esporte-espetáculo incrementa o turismo, não só divulgando a cidade, mas atraindo visitantes e, consequentemente, novos investimentos. A prática das diversas modalidades impulsiona ainda a indústria de artigos e equipamentos esportivos, gerando empregos diretos e indiretos e beneficiando o estado com a arrecadação de tributos.

 

Extraído do livro “JASC 50 anos, história de vencedores” de Marco Aurélio Gomes e Valmor Fritsche

 

Fotos: Dolmar Tondolo, de Brusque, Acervo Fesporte,  http://memoriaesportivadesc.blogspot.com.br (do jornalista Antonio Prado), Divulgação (internet).

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