Campeonato Catarinense de Beisebol

Publicado em 06/09/2016

O feriado será histórico para o beisebol catarinense

Home run, pitcher, bullpen, bunt e gardner são expressão que talvez você nunca tenha ouvido falar, mas que estarão na ‘moda’ no Estádio João Marcatto nesta quarta-feira, dia 7 de setembro. A casa do Grêmio Esportivo Juventus abre espaço para o 1º Campeonato Catarinense de Beisebol, uma promoção da Liga Catarinense de Beisebol (LCB) com a participação de quatro equipes: Floripa Ichiban, Joinville Royals, Brusque Brewers e Curitiba Lapwings, este como convidado.

Representando a ‘Ilha da Magia’, o Floripa Ichiban (do japonês ‘os primeiros’) contará com doze atletas na disputa. O Joinville Royals (do inglês ‘membros da realeza’) representa a maior cidade de Santa Catarina com catorze ‘players’. Caçula da modalidade, o Brusque Brewers (do inglês ‘cervejeiros’) terá dezenove atletas. Equipe convidada, o curitibano Lapwings (do inglês ‘quero-queros’) virá para a disputa com dezoito jogadores

No total, serão 63 os atletas inscritos na pioneira competição. Apesar de não contar com nenhuma equipe na disputa, a cidade sede terá seus representantes: Thiago Zandoná Chaves, que defende o Ichiban, e Daniel Zatta Blasczak, que é atleta do Royals.

O acesso do público ao Estádio João Marcatto será gratuito durante todo o dia, sendo que em alguns momentos o visitante poderá ‘degustar’ a modalidade que a partir de 2020 fará parte do programa olímpico. Terá contato com a dupla ‘taco e bola’ através de arremessos e rebatidas. Também haverá o sorteio de brindes entre os visitantes.

O 1º Campeonato Catarinense de Beisebol é uma promoção da Liga Catarinense de Beisebol (LCB), com o apoio do Grêmio Esportivo Juventus, do Jack American Bar (de Jaraguá do Sul), da Loja Arena Sports (de Timbó) e da Agência Sporto.

O formato da disputa

Diferente dos jogos da Major League Baseball (MLB), principal competição da modalidade no Mundo, as partidas não serão disputadas em nove entradas (mini-jogos), mas por tempo, com duração de 1h15 cada. Assim, serão realizados seis jogos no decorrer do dia, sagrando-se campeã aquela equipe que somar o maior número de triunfos.

A tabela da competição

A programação inicia às 8h, com Brewers versus Lapwings, encerrando às 15h30, com o encontro entre Ichiban e Lapwings. Confira a tabela completa:

8:00 – Brusque Brewers versus Curitiba Lapwings

9:30 – Floripa Ichiban versus Joinville Royals

11:00 – Floripa Ichiban versus Brusque Brewers

12:30 – Joinville Royals versus Curitiba Lapwings

14:00 – Brusque Brewers versus Joinville Royals

15:30 – Floripa Ichiban versus Curitiba Lapwings

17:00 – Premiação

Pioneiro, Floripa Ichiban quer levantar o troféu

Ichiban é uma palavra japonesa que significa ‘o primeiro’. Não existia termo melhor para se nomear a primeira equipe de beisebol de Santa Catarina, criada em 2004 pela iniciativa de Seiji Korosue e Jussara Saito. Agora, querem fazer história ao se tornar o primeiro campeão catarinense da modalidade.

“Como todas as equipes vamos jogar para conquistar a posição de campeão desta Liga”, reconhece o dirigente e atleta Augusto Romero Monteiro. “Porém, mais importante de tudo é a divulgação do esporte, a conexão com as outras equipes e a oportunidade de poder jogar beisebol em Santa Catarina”, complementa Romero.

Os representantes da Capital apostam na experiência para se destacar. “Nosso ponto forte e a grande experiência no softball e em competições desta modalidade, assim como a vivência que alguns jogadores já tiveram com o beisebol”, informa o dirigente. “Nosso ponto fraco passa a ser a pouca bagagem no beisebol de alguns jogadores, que apesar do softball ser similar, existem algumas técnicas que não estão bem desenvolvidas no time ainda”, ponderou.

Romero aponta que a realização do primeiro Campeonato Catarinense da modalidade será um marco. “Acredito que os frutos podem ser muito bons, não apenas para o beisebol em Santa Catarina, mas para toda a região Sul. O crescimento da experiência dos times e a divulgação do esporte são peças chave disto. O campeonato se torna um incentivo para todo o treino semanal dos atletas e superação de obstáculos que os times sempre enfrentam no dia-a-dia”, conclui.

Joinville Royals foca no crescimento da modalidade

Fundado em 19 de junho de 2012, o Joinville Royals será uma das quatro equipes participantes da primeira edição do Campeonato Catarinense de beisebol. Dirigente da equipe, o administrador de empresas Tiago Borges trouxe do Rio Grande do Sul a paixão pela modalidade. Lá defendia as cores do Pelotas Bromos e participou do primeiro Campeonato Gaúcho da história. “O primeiro estadual foi organizado por três equipes, em 2007. Hoje existem oito equipes em atividade no estado”, informa.

Graças a seus contatos em terras vizinhas, a preparação dos ‘Reais’ envolveu a disputa da Liga Gaúcha deste ano, realizada em junho último. E os joinvilenses surpreenderam na competição, eliminando na semifinal o então tetracampeão rio-grandense e terminando a disputa na honrosa segunda colocação.

Entre os pontos fortes do Joinville Royals, Borges destaca a experiência de alguns atletas em competições. Em contrapartida, existe uma preocupação. “Nossos arremessadores farão suas estreias em uma competição no Campeonato Catarinense”, informa. “Mas isso é irrelevante. O resultado neste primeiro ano não é o mais importante para nós”, pondera.

“Temos a pretensão de aproveitar ao máximo o campeonato. O mais importante para todos nós da equipe é mostrar para a comunidade como este esporte é fascinante”, disse. “Existem muitos apaixonados pelo beisebol no estado e a realização de eventos como este sempre encorajam as pessoas a desenvolver o esporte em sua cidade”, conclui o dirigente dos ‘Reais’.

Brusque Brewers aposta na união do elenco

Caçula no cenário do beisebol em Santa Catarina, o Brusque Brewers se prepara para a sua primeira competição oficial. Os ‘cervejeiros’ serão uma das quatro equipes participantes da primeira edição do Campeonato Catarinense de beisebol.

Fundado em 16 de maio deste ano, o representante do berço da fiação em Santa Catarina sabe que a inexperiência em competições deve pesar contra, mas aposta no fator união. “É a primeira competição que vamos disputar, mas isso não tira o mérito, nem a vontade da galera”, comenta Paulo Colzani, presidente da equipe. “A nossa preparação está intensa. Treinamos desde maio e o grupo está unido para representar bem o nosso município”, informa.

Segundo Colzani, dezenove atletas devem compor o elenco ‘cervejeiro’ na disputa. “Queremos buscar uma boa colocação, para que o pessoal conheça cada vez mais o nosso trabalho e o beisebol, fazendo com que isso atraia mais praticantes e patrocinadores”, disse.

O dirigente relata que a competição será importante também para desmistificar algumas situações relacionadas à modalidade, como o fato de não ser um esporte emocionante. “Comparo sempre o beisebol com uma decisão por pênaltis no futebol. Cada arremesso é como uma cobrança, que pode decidir o jogo a qualquer momento”.

Colzani espera que o campeonato seja um divisor de águas para o beisebol em Santa Catarina, chamando a atenção das pessoas. “É momento de aproveitar que a Olimpíada foi um sucesso e atraiu as atenções para outros esportes, como o beisebol, que vai estar na edição de Tóquio, em 2020”, conclui.

Curitiba Lapwings deseja ser um visitante indigesto

Equipe convidada para disputa o primeiro Campeonato Catarinense de beisebol da história, o Curitiba Lapwings pretende retornar ao Paraná com o título da competição na bagagem. “Estamos indo para vencer, mas sem desrespeitar nenhuma equipe”, reconhece Dieymison Barbosa, o Baraca, dirigente e atleta da equipe fundada em 2008.

Porém, reconhece que todas as equipes farão o seu melhor na disputa. “O pessoal dos outros times pensa que somos os favoritos pelo fato de nosso time existir há mais tempo e já ter participado de mais campeonatos, mas sabemos muito bem que a vontade de ganhar de todos é a mesma”, afirma.

Segundo Baraca, a experiência da equipe curitibana acabará ajudando aos demais times a evoluir dentro da modalidade. “A nossa experiência de oito anos de existência terá que ser usada em jogo e com isso esperamos ajudar”. Em contrapartida, a grande rotatividade no elenco preocupa o dirigente. “Mesmo em uma cidade onde beisebol é forte, o nosso time tem problemas em manter seus jogadores. O pessoal acaba abandonando por não conseguir conciliar com a vida pessoal”, relata.

O dirigente agradece o convite para disputar a competição, a qual acredita ser um divisor de águas na modalidade. “Se você pensar, há algum tempo atrás não existiam times de beisebol em Santa Catarina e agora já temos três times. Creio que com esse campeonato mais pessoas vão começar a notar esse esporte e quem sabe nas próximas edições apareçam vários times novos. O primeiro passo foi dado e agora só nos resta torcer. Serão ser ótimos jogos”, conclui.

Sobre o jogo

O beisebol é praticado por duas equipes composta por nove jogadores, que alternadamente ocupam as posições de ataque e defesa. O objetivo é pontuar batendo com um bastão em uma bola lançada e depois correr pelas quatro bases do campo de forma continua ou alternada.

O campo de jogo

O campo é no formato de um quarto de círculo, sendo o centro a área do arremessador, o raio varia entre 92 metros e 108,2 metros. Cada aresta do diamante (quadrado onde ficam as 4 bases) possui 27,4 metros, a área de areia possui raio de 28,9 metros. A área do arremessador fica no centro do diamante, é coberta de areia e possui raio de 2,73 metros. Por uma questão de limitação de espaço no Estádio João Marcatto, o campo de jogo sofrerá uma pequena alteração, chegando a uma metragem de 85 metros por 100 metros.

As posições

Arremessador (Pitcher)

Receptor (Catcher)

Primeira-base (First Base)

Segunda-base (Second Base)

Terceira-base (Third Base)

Interbases (ShortStop)

Jardineiro Esquerdo (Left Field)

Jardineiro Central (Center Field)

Jardineiro Direito (Right Field)

Rebatedor (hitter ou batter)

Fontes: Agência Sporto e